quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Jack White agora com licença para matar

Jack com toque de ouro

The Raconteurs - Live in Detroit - 1011

[via FoxyTunes / Jack White]



É incrível como certos artistas tem um dom de não errar. Jack White é certamente um deles. Seja resgatando e rasgando o blues do delta do Mississippi com o White Stripes, gravando com Loretta Lynn uma Diva do Country/Folk americano, provando com sua produção do Whirlwind Heat que é possível vocal, baixo e bateria e criando a "super banda", Raconteurs, com seus talentosos amigos Brendan Benson e os membros do Greenhornes, Jack Lawrence e Patrick Keeler. Até sua atuação no filme Cold Mountain foi elogiada!

Acima de tudo, e talvez mais importante, um artista que sabe se vender (segurem as pedras). Jack é um desses músicos que sabe que toda obra tem que ter algo POP ("Para o Povo": patenteada!), seja na música, no cinema ou até em sua própria imagem. Todos já sabem que seu nome é John Gillis e que Meg White é sua ex-mulher e isso é fato!.. Ou não? Será? Isso é se vender! Jack continua usando o nome "Jack White" em tudo que está envolvido. A verdade é que ninguém, talvez nem ele, sabe quem é "Jack White".

Só se sabe de uma coisa Jack White = Sucesso!

Então não fiquei surpreso quando Jack White foi escolhido como metade do duo (Alicia Keys escolhida para outra inusitada parceria) que substitúi Amy Winehouse e Mark Ronson como os novos músicos com "licença para matar". A música tema do novo James Bond "Quantum of Solace" se chama Another Way to Die e já está disponível para ser ouvida nesse link: http://www.thirdmanrecords.com/




Jack disse que adorou trabalhar com Alicia e que possivelmente gravaria em seu próximo álbum. Com ajuda de James Bond ou não, o sucesso de dois dos maiores talentos em seus gêneros musicais é certo.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um ano de Jornaleiro da Música e doze fatos e acontecimentos do Rock que gostaria que ficassem sabendo


Então que comece a festa!

12.
Enquanto muitos pensam no Oasis quando se menciona bandas com
integrantes irmãos, nós brasileiros tivemos a chance de assistir ao
show da banda Kings of Leon, o maior incesto musical da atualidade: 3
irmãos e um primo!
(Recomendo: Kings of Leon: Because of the Times)

11. A banda de Indie/Garage/Punk Rock da Suécia, The Hives, que
recentemente andou cancelando shows por aqui, foi formada como se
formam "boy bands". (não vou sugerir "teste do sofá", mas quem sabe)

10. O vocalista de uma das bandas mais decadentes dessa década
(opinião),30 Seconds to Mars, Jared Leto, era o galã da série "Minha
Vida de Cão" atuando ao lado da Claire Danes. Triste...

9.Pete Doherety e Carl Barât formaram a banda Libertines. Doherety, um
certo dia, tomou um porre, invadiu a casa do co-fundador da banda,
destruiu tudo em seu caminho e roubou a guitarra de Barât. Após o
incidente foi preso e por essas e outras não assistimos a banda com
Doherety aqui no Brasil.
(algo para refletir: será que Doherety achou que não ia ser pego?)

8. Músicos do Queens of the Stone Age, Angels of Death Metal, Kyuss
e todos que participaram do Desert Sessions (como a PJ Harvey)
tocam um estilo de música único: DESERT ROCK.

7. Outro caso bizarro de companheiros de banda se dando surra, mas
essefoi caso médico. Após brigas sérias no camarim e no palco, Craig
Nicholls, vocalista e guitarrista da banda Australiana, The Vines, foi
diagnosticado com um tipo de autismo, Síndrome de Asperger.
(confiram o novo álbum dessa banda: Melodia)

6. O super golpe de marketing do Radiohead, também conhecido
como In Rainbows, teve muito mais download ilegal do que legal.

5. Beck lançou um disco de capa branca chamado The Information que o
grande atrativo era o fato que o encarte vinha com vários adesivos e
você customizava sua capa. Esse mesmo disco vinha com um DVD com
clipe para todas as músicas do disco. Boa idéia, bom disco. Boa Beck!

4. Jack White sofreu um acidente de carro que causou uma forte sequela
eperda de mais de 50% do movimento do seu indicador da mão esquerda...
antes do Raconteurs ser criado. Gênio é gênio.

3. A Madonna foi o maior fenômeno de vendas de ingresso com o seu
show queainda está por vir no Rio de Janeiro. E poucos dias depois,
em Roma,dedicou a música Like a Virgin para o Papa. Duas notícias
ridículas.

2. O movimento EMO é predominante em uma faixa etária de 14
a 19 anos que curte desenhos Anime e não mora no Rio (...ainda bem).
O Rock n' Roll é predominante!!!

1. A coisa mais idiota que alguém pode fazer em um show de Rock, seja
convidado ou invadindo, é subir no palco. Você sempre vai sair com cara
de palhaço.
exemplos:
shows do saudoso conjunto Los Hermanos que pediam pra subir um par no
palco e dançar; Keith Richards dando uma guitarrada em um fã no clipe
de Simpathy for the Devil; Pete Townshend (the Who) acabando com os
dentes de um segurança que subiu no palco em Woodstock; e o exemplo
mais recente do fã que conseguiu estragar um show do Oasis e levar uma
surra, vídeo abaixo(!)


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aguardem, o Jornaleiro não morreu!

Amanhã marca a o aniversário do Jornaleiro da Música!

Sei que passei um tempo ausente mas o Jornaleiro estará de volta com toda força. Enquanto isso deixo vocês com vídeos de duas atrações desta edição do TIM Festival:

Paul Weller 22 Dreams

[via FoxyTunes / Paul Weller]

 

Klaxons - Atlantis to Interzone

[via FoxyTunes / Klaxons]


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Notícia Trágica - pra variar a música é culpada

Essa notícia é uma notícia bem triste, mas esclarecedora.

Uma notícia horrível foi fornecida pela www.nme.com: Hannah Bond, uma jovem de 13 anos, do Reino Unido, se suicidou ao enforcar-se. O médico legista, ao declarar sua morte, impôs a idéia de uma relação com uma certa obsessão com estilo musical EMO. Sua morte foi rapidamente ligada a essa obsessão, por falta responsabilidade (e bem, criatividade...) de seu pai. Se culpar nunca é a opção.

Pois é, então vamos culpar os outros, pois problemas psicológicos, não podem ser. Então sobrou o maior culpado de todos os tempos (por tudo). A música.

A música molda a pessoa, cria uma identidade visual, estilo de falar, andar, e até grupos sociais. Na Inglaterra, anos 60 haviam os Mods , os Rockers. Nos anos 50/60, EUA, haviam o rockabilly e o folk/ country. O Punk, o Britpop, o Grunge..... posso continuar pra sempre. Muitos movimentos voltaram, se misturam ou sumiram.

O grande culpado pela morte de Hannah Bond foi o EMO. Esse movimento começou no início dos anos 90 com bandas com Lemonheads, Radish e Weezer. Era completamente diferente. A parte sonora parecia uma mistura de Nirvana, Smashing Pumpkins e os anos 60/70. O cenário da época causava um problema no reconhecimento musical do estilo, pois o grunge era o rock do momento. Bandas como o Radish foram tachadas como Grunge. Logo, as letras sentimentais ganharam espaço e o EMO foi crescendo.

Quando o Nirvana morreu, o Smashing Pumpkins ganhou território, até terminar (até rolou o Zwan, mas isso é outra história). A banda virou influência forte, maior que beatles, Rolling Stones e Beach Boys. Na década de 2000 o estilo EMO se misturou com o som e aparência do Smashing Pumpkins, criando um novo estilo de se vestir, se maquiar, até de agir. Esse novo EMO teve como pioneiros a banda My Chemical Romance ("apadrinhados" pelo Green Day), que se recusam serem tachados nesse estilo. Veio o Panic! at the Disco com seu enorme sucesso e o EMO se concretizou. Até demais, bandas como o 30 Seconds to Mars juram que não são EMO, mas pela maquiagem, que usam foi determinado que são.

Voltando a Hannah Bond, seu pai rapidamente culpou o EMO, sua filha amava o My Chemical Romance, pelo suicídio de filha. Admito que um pai precisa de uma válvula de escape em um momento complicado como esse, então deixe ele culpando o EMO, desde que não seja tão radical. Ozzy Osbourne, por exemplo, recebeu um dos grandes processos da vida dele em uma situação semelhante. Temos nos bilhões que amam músicas de todos os tipos, nem todo metaleiro é violento, nem todo Glam é gay, nem todo mundo que ouve Reggae é maconheiro e, certamente, nem todo EMO é suicida.

Meus pêsames para toda a família de Hannah Bond.
R.I.P.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Amy Winehouse e Mark Ronson se juntam para o tema do mais novo 007


O clima retrô e a criatividade em pessoa para o tema de "Quantum of Solace"

Amy Winehouse

Amy Winehouse

[via FoxyTunes / Amy Winehouse]



O próximo filme de James Bond, "Quantum of Solace", terá como sua música tema uma canção de Amy Winehouse com produção musical de Mark Ronson. A cantora que se tornou rainha dos tablóides na verdade é uma ganhadora de vários prêmios, entre eles Brit Awards, com seu álbum de estréia, "Frank", e alguns outros nas premiações do Emmy e do Grammy com seu álbum de mais sucesso. "Back to Black" trouxe canções como Rehab e Tears Dry On Their Own. Além de seu DVD, mais um sucesso de vendas.

Mas é fácil falar sobre o sucesso da Amy Winehouse, o importante desta matéria é como ela se uniu ao DJ/ produtor Mark Ronson para adquirir "licença para matar".

Mark Ronson se tornou um dos produtores mais bem vistos pela crítica com o lançamento de seu disco de estréia "Here Comes the Fuzz" (com participações de Sean Paul e Nate Dogg), um disco, predominantemente, de hip hop. Mas o verdadeiro sucesso veio com seu segundo trabalho "Version", focado, desta vez no britpop contemporâneo. Versões de canções do The Smiths, Kaiser Chiefs, Radiohead, Coldplay e outras. Artistas ilustres também fazem participações no álbum, como Lily Allen e Robbie Williams. Foram com estas participações que foi gravada Valerie, contribuição de Amy Winehouse ao álbum. O single foi lançado chegando ao topo das paradas de sucesso concretizando uma aliança entre os dois artistas.

Pra quem já ouviu o trabalho dos dois sabe que a música tema do filme "Quantum of Solace" será um sucesso. Agora não só aguardamos o agente mais estiloso da história mas aguardamos a mas nova combinação da artista mais problemática do momento com o DJ/ produtor mais eclético do momento.

fonte: http://www.nme.com/news/amy-winehouse/35919

quarta-feira, 19 de março de 2008

Oasis, começando uma nova era no rock

Arctic Monkeys, The Coral, Kasabian, The Cribs, The Strokes... areia do mesmo Oasis


Oasis, banda criada pelos irmãos Gallagher no início da década de noventa, nunca teve vergonha de suas origens. Noel Gallagher, guitarrista e compositor da grande maioria das músicas de grande sucesso do Oasis, em suas primeiras entrevistas já falava da importância de bandas como o quarteto fantástico, também conhecido como The Beatles. para a existência do Oasis. Neil Young, The Kinks, Rolling Stones e The Who foram as fortes influências dos anos 60/70. Humble Pie, The Jam (Paul Weller), Sex Pistols, e The Stooges, anos 70/80. Inspiral Carpets, Primal Scream, Stone Roses (Ian Brown ensinou a pose de Liam Gallagher, vocalista do Oasis), Happy Mondays, The Smiths... a lista que se refere a virada de 80/90 é infinita. E isso são somente bandas já mencionadas por eles.

O Oasis mostra suas influências, muitas vezes, não somente nas músicas. Já falaram em entrevistas muito bem de seus "criadores". Mas também, com muito humor e arrogância, ridicularizaram Keith Richards (guitarrista dos Rolling Stones), Paul McCartney e Ringo Star (ironicamente, o baterista convidado da banda, hoje em dia é seu filho, Zak Starky) e Deus (como uma referência ao que John Lennon disse sobre os Beatles serem mais famosos que Jesus Cristo). No entanto, desde o início da banda que o Oasis terminava os seus shows com as músicas I am the Walrus (Beatles) ou My Generation (The Who; após a morte do baixista do conjunto, John "Thunder Fingers" Entwhistle, talvez o maior baixista do rock dos anos 60). Na época que o conjunto começou a terminar cada apresentação com Rock ´n Roll Star, sempre tinha a presença da canção Hey Hey, My My (Neil Young). A lista de covers também é interminável, vamos de Rolling Stones (Street Fighting Man) a The Smiths (There is a Light that Never Goes Out).

A banda está agora na melhor fase de sua carreira, documentário/ show Lord Don´t Slow Me Down lançado e disco novo a caminho
. Este é o momento de sentar e esperar. Será?

Aí é que vem o verdadeiro "oasis". Depois de mais de quinze anos de carreira, se a banda é do tamanho do Oasis a de se deixar sementes. Jovens que ouvem o som e não só falam que querem ser "Oasis", mas que, levado pelo estilo arrogante de ser que tanto admiraram dos irmãos Gallagher, querem ser melhores que "Oasis"! Querem fazer covers de músicos das "antigas" ou até do Oasis (que pra eles se classifica como das "antigas") só que melhores. Isso se exemplifica no caso da versão de Wonderwall do Ryan Adams (músico de Folk americano) que após se apresentar com Noel Gallagher na plateia, o guitarrista do Oasis, que já não suportava sua própria versão da música, começou a tocar somente a versão do músico americano. O The Strokes, suposta banda que trouxe de volta o rock para as rádios (acredite nisso quem quiser...), no começo de sua carreira foi se apresentar em um festival que o Oasis nem ia se apresentar, mas quanto Julian Casablanca ficou sabendo que Noel e Gem Archer (guitarrista base do Oasis) estavam no local, procurou os músicos para pedir autógrafo.

Mas esses são artistas que provavelmente os Gallaghers não tiveram nada a ver com o surgimento, só foram um complemento. No entanto, três bandas que se tornaram hits mundiais, "apadrinhadas" pelo Oasis foram o Arctic Monkeys, The Killers e Kasabian (todos já estiveram no Brasil). Todas muito elogiadas por Noel Gallagher, as bandas são de caráter arrogante, falam o que pensam em entrevistas e músicas e se vestem como nos anos 60, dando muita importância pro visual, sem parecer. O som: rock ´n roll, um rústico, quase Sex Pistols, o outro, mais anos 80, teclados fortes e guitarra altamente distorcida, e por fim, as fortes batidas semelhantes ao ritmo que se houvia no cenário de Manchester no início dos anos 90. O Kasabian transmite a mesma força que o Oasis transmitia no início de sua carreira, em palco. Arrogantes em palco, a energia transmitida pelo som traz de volta todo o cenário da cidade Natal dos Gallagher. E em turnê juntos viraram grandes amigos, com frequentes participações de Noel no maior hit (Club Feet) do Kasabian. O Arctic Monkeys, diz a lenda, se formou durante um show do Oasis, enquanto o The Killer scomenta como o britpop teria acabado por completo se não fosse pela banda.

Na verdade o parágrafo que antecede a esse cita somente as mais famosas aqui no cenário brazuca. A lista segue: The Coral, Travis, Maximo Park, Kaiser Chiefs, The Cribs, Graham Coxon (sua carreira solo, ex-Blur), Cotton Mather, Gomez, Libertines (e aquele louco do Pete Doherty)... Muitos desses foram contemporâneos da banda, como Travis e o Graham Coxon, e não coloquei as que foram "influenciadas" a acabar por causa do grande sucesso da banda. Só coloquei bandas que de alguma maneira mencionaram o Oasis como elo de formação ou criação do conjunto.

Então pronto. O que fazer enquanto não sai o disco novo do Oasis. Esperar ouvindo rock ´n roll de primeira qualidade, e colher os frutos neste "oasis" músical.

Fique aqui com o mais recente single do Oasis: Lord Don´t Slow me Down

O grande fanatismo pela banda

[via FoxyTunes / Oasis]


sexta-feira, 14 de março de 2008

Paul Weller: punk, jazz, brit-rock... três décadas de sucesso

Paul Weller, no mercado fonográfico desde os anos 70, sempre inovando, sempre melhorando

Paul Weller

Paul Weller Hammersmith Apollo London 9th March 2005

[via FoxyTunes / Paul Weller]


Em 1977, um jovem de 17 anos criou uma banda com seu pai como empresário. Muito ligado ao movimento punk, o the Jam, que nunca aderiu a rótulos, disputou mercado com bandas como o Sex Pistols e o Joy Division. Com seu primeiro disco In the City e o fenômeno vendas All Mod Cons a banda aumentou seu alcance musical e criou seguidores por toda a europa. O the Jam chegou nas festas, quando passou de power trio, para uma banda acompanhada por sopros e um punk-jazz sempre surpreendente.



Meados década de 80, apaixonado pelo jazz, Paul Weller, começou o Style Counsel (com a intenção de perseguir o som mais estiloso possível). Para fazer do Style Counsel uma banda e não um projeto, e com o argumento de que precisava de um espaço para crescer e mudar, espaço que um banda punk não lhe dava. Então veio o fim do the Jam, no pico de seu sucesso, muitas dúvidas e choro (principalmente do baterista). Com uma banda virada para o soul, com base em sopros, teclados, bateria e baixo agora Paul Weller começava a ser reconhecido como genial no mundo do soul e grande letrista romântico e político. O vocal de Weller se escondia atrás de backing vocals. Seus grandes hits vieram do álbum Café Bleu e a música Long Hot Summer pode ser ouvida em rádios nacionais de soft rock até hoje. Nesta época, Weller disputava mercado com bandas como Depeche Mode, e, ironicamente, o New Order (nova banda dos membros do Joy Division após o suicícdio de Ian Curtis).



No início da década de 90, após o fim do Style Council, Paul Weller resolveu usar tudo que aprendeu em suas duas décadas musicais para começar uma carreira solo. Em seu primeiro disco, Paul Weller, nada mais apropriado começar com seu nome, resumiu sua carreira em pouco menos de uma hora. Desde o que viria até onde se posicionaria. Faria um rock/ soul jamais ouvido, porém com influências, e influenciaria o movimento brit pop com desde som, a cortes de cabelo e roupa. Seu vocal, agora mais rouco, também era novidade para a época, onde bandas como o Blur, buscavam a perfeição vocal.



Seus primeiros discos obtiveram muito sucesso, criticamente aclamado, e no momento em que lançou sua maior obra de arte, Wild Wood, duas palavras e uma banda o tiraram de campo: Definetly Maybe da banda Oasis (como fez com o Verve, o Stone Roses e, por mais que até hoje os membros não admitam, o Blur). No entanto, não houve antagonismo entre as bandas. Paul Weller gravou o famoso solo de guitarra de Champaigne Supernova e Noel Gallagher, guitarrista do Oasis, gravou algumas vezes e participou de diversos shows do artista. Aliás o guitarrista do Oasis considera Weller uma de suas grandes influências e um grande amigo (acreditem ou não).



Hoje Paul Weller está no topo de novo. Com o cd 22 Dreams para ser lançado, As is Now, seu último cd de inéditas, recebeu ótimas repercussões dos fãs e da crítica. Fazendo turnês sempre com músicas de suas três fases e seu eclético cd de covers (que vai de Wishing on a Star a All Along the Watchtower) e lotando arenas. Músicas como Town Called Malice (The Jam) e Shout to the Top (Style Counsel) já se tornaram hinos britânicos, assim como Changing Man (solo) e sua versão de Wishing on a Star.

Vídeos das três fases (escolha a sua)

Paul Weller plays 'Wild Wood' (Um dos maiores sucessos de sua carreira solo)

[via FoxyTunes / Paul Weller]



the jam - that's entertainment

[via FoxyTunes / The Jam]


Mais pra frente farei as mini-críticas, mas assistam os vídeos e procurem, pois não conheço uma pessoa que o tenha ouvido e não gostado de pelo uma de suas fases.

Paul Weller & The Style Council - Shout To The Top (live)

[via FoxyTunes / Paul Weller]

terça-feira, 11 de março de 2008

Mini-críticas: Weezer - O verdadeiro EMO, nerd e Rock combinam, quem é Rivers, trancando Harvard e se concentrar em uma banda de rock...

Primeiro explicando o que são as mini-críticas: Levando em consideração que este Blog começou no fim de 2007, algumas coisas tem que ser postas em dia. Bandas como Weezer, Oasis, Supergrass, White Stripes e (a já citada aqui) Queens of the Stone Age tem tanta importância para o cenário da música como Hot Chip, Shit Disco, The Cribs e Lightspeed Champions. Essas bandas que já tem alguns trabalhos lançados devem ser conhecidos antes que seus recentes lançamentos serem comentados.

weezer

weezer

[via FoxyTunes / Weezer]



Vamos então ao Weezer. Banda criada por Rivers Cuomo no início dos anos '90, logo tachada como uma novidade na época, um "novo" estilo: EMO (termo jogado de um lado para o outro para definir o estilo das piores bandas no mercado atual). Hoje você pode até ser EMO, com um toque de maquiagem e um penteadinho específico. O Weezer no entanto, apresentava fortes distorções em suas guitarras e disfarçavam suas palavras de amor (sem êxito, pois esse estilo criou uma legião de fãs, entre esses, brasileiros, como o Los Hermanos, vergonhosamente emulando o som da banda americana em seus primeiros dois discos).

O mais novo disco do Weezer está sendo mixado neste momento então vou aproveitar para falar dos trabalhos já apresentados pela banda:

Weezer - 9/10: Conhecido como o álbum azul, por ter uma capa azul e não ter nome (parece óbvio, mas sim a banda se refere ao álbum como "the Blue Album", assim como os fãs), na capa os quatro integrantes se apresentam sem guitarras ou maquiagem, só em pé, com cara de... bom, não tem outro jeito, nerds. O som no entant, vai contra a imagem. A primeira canção, My Name is Jonas, começa com poucos segundos de um riff limpo até entrar uma parede de distorção, e assim por diante. O primeiro single lançado pela banda, Undone (Sweater Song), inova com uma conversa no fundo de um clamo riff de guitarra, até entrar o refrão com guitarras a toda força. A música que conquistou a grande massa de fãs banda entretanto, teve seu clipe lançado no disco de instalação do Windows 95, Buddy Holly, onde o diretor Spike Jonze pôs a banda tocando no cenário do programa "Happy Days", montagem muito bem feita, com direito a interação do público com a banda e dança do Fonzie. A música conquistou a nação e abriu alas para músicas como Say it Ain't So e In the Garage (lado nerd, fala de Dungeons and Dragons, bonecos do X-men, e posters da banda predileta de Rivers, o KISS). O lado EMO (verdadeiro) vem com a música Holiday.
Para
a sua playlist: Say it Ain't So, Holiday, Only in Dreams

Pinkerton - 10/10: Acho que a coisa mais contestável que já escrevi nesse Blog é essa nota. A receita desse disco , lançado em '96, dois anos após o lançamento de Weezer, fazer o contrário do primeiro. Enquanto o primeiro disco falava de romances mais inocentes (tudo bem esse ainda fala um pouco), esse disco começa com Tired of Sex, que tem Rivers reclamando de fazer muito sexo e não conseguir achar um verdadeiro amor. Getchoo traz um estilo de rock nunca visto pelos fãs da banda (a, cantem Todo Carnaval Tem Seu Fim nos versos de Getchoo, dica para os fãs de Los Hermanos). Pink Triangle, é sobre o amor de Rivers por uma lésbica, El Scorcho e Across the Sea tem como tema o amor por uma japonesa inalcançavel. The Good Life, reclama de sair da vida boa. No entanto, a banda brilha nas últimas duas, Falling for You, enquanto Rivers reclama de ser um farsante na música (tecnicamente), mostra a sua mais complexa do disco, um pouco de influência dos Beatles. Butterfly é uma bela balada no violão, também novidade para os fãs. Ambas muito românticas, na verdade, a banda já assumia um posto EMO com as belas melodias compostas na época do mainstream americano.
Para
a sua playlist: Across the Sea, Falling For You, Pink Triangle, Good Life, Falling For You, Getchoo, Butterfly (um disco nota 10 não aparece todo dia, vale escutar inteiro)

Sem muito sucesso na mídia, Rivers Cuomo voltou para faculdade (Harvard!!!).

Weezer (Álbum Verde) - 8/10: Sim, outro Weezer (2001, cinco anos depois!). Não tão bom quanto os dois primeiros, mas ainda assim, um ótimo trabalho, mais aceito pela mídia, mas não pelos críticos. Realmente, a banda não parecia estar tão inspirada, todos os solos de guitarra são a melodia antes cantada (todos). Mando uma mensagem para os críticos: o disco é divertido! E isso é o Weezer a seriedade os destruiria (como será visto no próximo trabalho). Hash Pipe, Photograph e Island in the Sun. Qualquer banda no mundo gostaria de ter pensado em pelo menos uma dessas músicas. O tema EMO só se manteve na parte melódica, mantendo o romantismo em poucas faixas e o lado nerd só é visto nos videoclipes (lutadores de sumô e filhotinhos de animais selvagens). O lado b do disco também não peca, Simple Pages e Glorious Day, rock puro e vocais tão bem harmonizados na música Smile, que foi comparada a uma música sertaneja por um amigo meu, e essa comparação foi um grande elogio. O Girlfriend fecha o disco com chave de ouro, inocente (até um certo ponto, triste), sentimentos de um término de um relacionamento com fortes vocais. Essa é o perfeito exemplo da faixa EMO e porque hoje em dia o termo é tão distorcido.
Para
a sua playlist: Hash Pipe, Photograph, Smile e é claro Island in the Sun

Maladroit - 5/10: A seriedade deste disco até hoje não faz sentido pra mim. Lançado quase no ano de lançamento do álbum verde, 2002, Maladroit só não foi um grande desastre por causa do lado A do disco. Take Control e American Gigolo são ótimas músicas de rock mas não se comparam a Getchoo e Hash Pipe (mas se for pra comparar vai ficar chato). Então duas outras salvam o disco (mesmo): Keep Fishin', a do clipe dos "Muppets", e Dope Nose, das gangues de motoqueiros orientais. Slob é péssima, Rivers apresenta vocais exagerados e deprimentes. Burnt Jamb é boa, salva o lado b com Slave e Love Explosion, mas são difíceis de chegar com faixas entres elas como Space Rock, Fall Together. Possibilities é bem pra cima, mas sabe quando você percebe que só você gosta da faixa? Logo, não sei se recomendo essa... Se chegar em December, a última, aproveite, pois é uma excelente faixa. A conclusão é que o vocal de Rivers está fraco nessas últimas faixas e parece que a banda se concentrou mais no instrumental do que no que vende a banda, diversão. O disco foi destruído pela mídia e crítica.
Para
a sua playlist: Keep Fishin', Dope Nose, Take Control e December

Make Believe - 9/10: Com todos os fãs traumatizados, procurando a mais nova Buddy Holly, lançado em 2005, Make Believe teve ótima repercussão na mídia e crítica que variaram (ou amaram ou detestaram). Beverly Hills, filmado na mansão da playboy, teve o Weezer, mais uma vez no topo das paradas americanas. O disco em si, é muito parecido com o estilo do álbum verde com muitas canções divertidas de se ouvir e poucas letras maliciosas (ao contrário de Pinkerton). A voz ficou sempre em primeiro plano com nos primeiros lançamentos. No entanto, na época de seu lançamento, o Weezer já estava entrando em um mercado em que o seu estilo teria que mudar, pois agora disputava com o novo EMO, Green Day (maquiado), Panic! at the Disco, My Chemical Romance e outros. O disco, então, tem algumas novidades bem aceitas, como o estilo mais anos '80 de This is Such a Pity, uma influência das bandas inglesas em Best Friend, mais riffs e menos parede de distorção, parece com Supergrass, e, concluindo o disco, talvez uma das melhores músicas já feitas pela banda, Haunt you Every Day, música com base no piano e forte guitarra no refrãoe, harmonias perfeitas, a voz de Rivers da a música o drama necessário. e a volta ao piano após o solo de guitarra vale o preço do cd. É importante lembrar da belíssima canção que mostra o lado mais sutil da banda em Freak me Out, sem distorção e com gaita, outra novidade instrumental. Sim as guitarras acalmaram, mas ouvindo o Maladroit isso foi uma melhora. Fica então a espera do disco novo e reina a curiosidade.
Para a sua playlist: Beverly Hills, This is Such a Pity, Perfect Situation, Best Friend, Freak Me Out, e Haunt You Every Day


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Por que devemos agradecer ao Super Furry Animals por existir

A criatividade no Brit-Pop anos ´90-2000

Enquanto o mundo todo fica se levando a sério e todos ficam correndo atrás de dinheiro, eles cantam sobre golden retrievers e anéis ao redor do mundo. A diversão de assistir uma banda que se baseia em qualidade e humor, vestidos de Power Rangers no palco, não deixa que o rock envelheça.


Super Furry Animals - Pura diversão!

Super Furry Animals @ Cat's Cradle, 29 Jan 2008

[via FoxyTunes / Super Furry Animals]



Por isso agradeço ao Super Furry Animals por sua obra ainda em atividade. Aqui vão dois vídeos da banda do momento:

Super Furry Animals - Hello Sunshine

[via FoxyTunes / Super Furry Animals]



golden retriever

[via FoxyTunes / Super Furry Animals]



Recomendo:
Super Furry Animals - Phantom Planet
Super Furry Animals - Rings Around the World

Os Mestres do Remix

Quando você se considera um roqueiro você automáticamente afasta os Remixes. Erro.

DJ Shadow

DJ Shadow

[via FoxyTunes / DJ Shadow]



Mas o que é esse Remix que serve de repelente para os verdadeiros amantes do Rock? Na verdade não é tão complicado assim, seria a manipulação de uma música em que um indivíduo tem em suas mãos todas as suas faixas. O problema é que a maioria das vezes essa manipulação torna a música mais dançante e só. Um leve aumento nos graves, uma manipulação no ritmo da bateria e pronto, simples.

Essa última frase ofenderia milhões de leitores. Então quem são esses leitores? Esses sim são os verdadeiros Mestres do Remix. Os que criam em cima do criado, os que não somente fazem você dançar e pronto, fazem você querer o Remix.

Então que tal lembrar de alguns gênios da arte, para que possamos tirar aquele remix de "Don´t Cry For Me Argentina" e colocar aquele do Doves terminando sua canção de forma carnavalesca. Certos DJs se tornaram famosos mundialmente, não somente com suas próprias músicas, como o Chemical Brothers, Fatboy Slim, que frequentemente estão por aqui, DJ Shadow e U.N.K.L.E.. UNKLE é procurado por artistas de bandas como Oasis, "Morning Glory", e Queens of the Stone Age, "No One Knows".

O movimento Indie Rock na inglaterra está recebendo novos DJs de braços abertos. O novíssimo conjunto Hadouken! (sim, o som que o Ryu e o Ken gritam no Street Fighter, ícone pop dos anos ´90) já fez Remixes de bandas de rock como Klaxons, Bloc Party e eletrônicas, como Side B. Novas edições de rocks com misturas de um novo som eletrônico com forte hip hop. Essa é a receita.

Plan B - No More Eatin' (Hadouken Radio Edit)

[via FoxyTunes / Hadouken!]



Certas bandas, como The Killers, Klaxons, Bloc Party, Vampire Weekend e Postal Service, parecem já produzir músicas para serem remixadas para tocar em festas. Os novos dinossauros, Oasis, Richard Ashcroft (the Verve) e Damon Albarn (Blur), já criaram vínculos. Será que não está na hor de seguirmos esse exemplo.


Ian Brown - Fear (UNKLE Remix)

[via FoxyTunes / UNKLE]

Recomendo
Ian Brown - Fear (UNKLE Remix)