sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Crítica: Icky Thump - The White Stripes

De Stijl de novo: 8/10

(É isso mesmo, não consegui segurar. Se você já ouviu De Stijl...)
Bom, acho que é melhor falar só sobre Icky Thump no momento...

Icky Thump começa forte. A música título (que fala de prostitutas, mexicanos e coisas completamente aleatórias) e o segundo single, You Don't What Love Is, são sucesso. O meio do disco é que fica confuso. Conquest não é para todos (a música é um rock/ blues/ espanhol com base em guitarra e trompete, com a voz mais gritante do que nunca, de Jack White). Mas ouvindo a música como se não fosse de uma banda de duas pessoas, pode ser considerada uma das melhores do disco. Já Prickly Thorn não é o mesmo caso. A música tem como base instrumental uma gaita de fole (sim, aquele instrumento que parece um travesseiro). Sou totalmente a favor da inovação, mas essa não agradou.



O que salvou o disco mesmo foi o bom e velho White Stripes. A guitarra nos blues 300 M.P.H. Torrential Outpour Blues e Catch Hell Blues tem a força necessária para segurar as canções mais calmas do disco. A letra do folk Effect and Cause é perfeita, enquanto o teatrinho musical da canção Rag and Bone, em que Jack e Meg White (dois mendigos) ficam oferecendo pegar lixo dos outros prometendo alguma utilidade, é um dos rocks mais bem feitos do disco. Little Cream Soda e Bone Broke, são canções pesadas com forte influência dos Stooges, e vaga lembrança de Robert Plant (Led Zeppelin) no vocal.


Para finalizar, deixei para dar atenção especial para a música A Martyr for My Love for You. A letra volta a inocência do White Stripes, não fala de imigrantes mexicanos e prostitutas. Como Bob Dylan, e suas letras de paz e guerra, e Johnny Cash, e o imaginário e eterno prisioneiro, tem certos letristas que escrevem certos estilos como ninguém. Jack White, talvez até no começo do espetáculo "White Stripes", começou a escrever com a sua juventude na sua frente. Com sucessos como Seven Nation Army, temática política, Jack parou de escrever tantas Fell in Love With a Girl (me apaixonei por uma garota).

Mais uma vez Jack White, nos traz um grande disco. Para quem acompanha a carreira do duo, ao ouvir esse disco lembro da expressão De Stijl.

Discos Recomendados:
The White Stripes: De Stijl
Raconteurs: Little Boy Soldiers

White Stripes Concert Part 6

[via FoxyTunes / The White Stripes]



quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Kasabian no Brasil!

Um dia Charles Manson, um assassino em série, foi entregue a polícia pela testemunha, Linda Kasabian. Hoje, Kasabian, irá entregar o Rock para a gente!

Formados em 1999, banda inglesa tem sido contantemente premiada pelo estilo retrô de cantar e tocar o som sujo do rock com as inovações do eletrônico. A banda, que já teve seu som comparado ao Oasis e estilo comparado ao Stone Roses e Happy Mondays, tocará seu primeiro show no Brasil, com data confirmada em São Paulo dia 10 de Novembro.

A banda tocará no festival Planeta Terra junto com The Rapture, Lily Allen e outras já confirmadas.

fonte: http://www.oasisnews.com.br/?p=284

Discos Recomendados:
Kasabian - Kasabian
Stone Roses - Second Coming

sábado, 8 de setembro de 2007

Radiohead: Falou tá falado!

Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead, terminou a semana com uma ótima notícia para os fãs da banda. O mais novo álbum do Radiohead já está completo! Não só isso, mas pronto para o lançamento!!!

No entanto, o lançamento deste álbum não está tão próximo assim. Em 2003, o Radiohead lançou Hail to the Thief e completou o seu acordo de seis discos com a EMI. Neste momento a banda está sem gravadora e ainda não tem nenhuma, anunciada para a mídia, em vista. Também não temos um título para o disco (!?).

Se parar para pensar, só temos a palavra do Jonny Greenwood e problemas.

Como temos essa como a única declaração oficial do Radiohead, falou ta falado!
(Agora é a pior parte... esperar)

fonte: http://www.nme.com/news/radiohead/30982

Discos Recomendados:
Radiohead - OK Computer (chamado por muitas revistas de Rock de todas as gerações, de o novo Sgt. Peppers dos Beatles)
Radiohead - Kid A (obra prima de uma banda de rock, todo eletrônico)

Morte de Pavarotti

Morre no dia 6 de Setembro de 2007, um dos maiores tenores da atualidade.

Luciano Pavarotti, 1935-2007, foi mais uma vítima de câncer no pâncreas. Devemos então lembrar de todos os seus momentos de felicidade e toda a sua contribuição, não só para música italiana, mas mundial.

No Brasil, tivemos a sorte de presenciá-lo com os três tenores e antes de nos deixar gravou a obra Pavarotti Essencial, álbum que chegou ao topo das paradas britânicas.


fonte:
http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI1884650-EI1267,00.html

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Crítica: Live from Dakota - Stereophonics

De volta aos bons tempos: 9/10

Rústico. Barulhento. Guitarras no volume máximo. Kelly Jones, vocalista e lider do Stereophonics, parece que percebeu no que vinha errando. Infelizmente foi preciso duas turnês acústicas, uma de covers (?), para que fosse acionado o botão de alerta.

O Stereophonics ganhou seu reconhecimento em meados dos anos noventa com o disco Performance and Cocktails e nunca mais conseguiu atingir a mesma qualidade. Depois do hit de rádio Mr. Writer, do álbum J.E.E.P., a banda caiu no esquecimento (como se isso fosse anormal aqui no Brasil), e o público brasileiro perdeu grandes músicas, de discos não tão bons, como Madame Helga, Traffic e Maybe Tomorrow (que qualquer rádio poderia fazer um mega hit desta música).

O Stereophonics só voltou com tudo por causa do Live 8 e sua apresentação bombástica de Dakota, música do útimo e melhor disco do conjunto desde Performance and Cocktails, o disco Language, Sex, Violence, Other... . E é deste dois discos e de pingos dos outros que formado Live From Dakota. Superman alavanca um disco duplo que termina com uma versão gloriosa de Dakota. As novas, como Pedalpusher e Devil, estão tão boas quanto as antigas, A Thousand Trees e The Bartender and the Thief. Os pontos altos do disco são quando Madame Helga não deixa você respirar na entrada de "L A aS" Vegas Two Times, e para as fãs, quando Kelly Jones toca Maybe Tomorrow.




Então leitores, porque não 10/10. Duas coisas, som rústico é legal, mas em alguns momentos você sente falta da qualidade. Músicas como Traffic valiam um violão ou uma guitarra bem mais leve. E por incrível que pareça, última coisa. Vou falar isso mil vezes em mil críticas, não misturem "alhos com bugalhos". A música Jayne é ótima na carreira solo do Kelly Jones. Perfeita, no violão, uma das poucas muito boas mesmo. Neste setlist, só não recomendo pular para não perder o clima do show.
Mas não percam a esperança!

Para todos os fãs do bom e velho Rock 'n Roll, está aí, Live at Dakota!

Stereophonics - Superman (live)

[via FoxyTunes / Stereophonics]


Discos Recomendados:

Stereophonics - Performance and Cocktails

Oasis - Be Here Now

Townshend, internet... Quem?!



No início dos anos 70 um jovem rapaz começou a sonhar com um mundo onde todos seriam conectados sem restrições. Seria esse jovem um gênio ou um louco?

Pete Townshend, após imenso sucesso com a ópera rock Tommy, com seu conjunto, The Who, começava a sonhar com o projeto Lifehouse. Townwshend sonhou e sonhou com algo que seria uma previsão da internet, uma "nota musical" conectando a todos (ou pelo menos foi isso que Townshend tentou explicar antes de literalmente surtar!). Voltando à sua normalidade (ou quase) ainda tivemos obras primas do rock sendo lançadas pela banda. Who Are You (tocada diversas vezes pela banda inglesa Stereophonics), Baba O'Reilly (música que fez parte do repertório do Pearl Jam, tocada no Rio de Janeiro), Behind Blue Eyes (já tocada por Sheryl Crow, Bryan Adams e Limp Bizkit), Pure and Easy e Won't Get Fooled Again. Duas músicas que tem refrão diretamente ligadas a idéia do Lifehouse são Relay, que fala da grande velocidade da troca de informação, e Getting in Tune, que em sua letra menciona todos no mesmo tom. CONECTADOS!

Então por anos o projeto foi abandonado. Até que, em sua carreira solo, início dos anos noventa (1993), Townshend lança a obra Psychoderelict. Um disco de média qualidade, agora aborda de forma diferente, em uma ópera/ drama musical, uma idéia estranhamente semelhante ao Lifehouse. Bem vindos ao "Grid", inventado para este projeto, uma espécie de rede (ou a web que tanto conhecemos). Os seres humanos viviam em função de algo chamado "Grid Life", ou a nossa internet. A idéia deste drama musical, era que um artista, no fim de sua carreira musical queria dar um show para todos no "Grid", meio como um Webcast para o mundo todo. NÃO ESTÁVAMOS NEM PERTO DE TER WEBCASTS NESTA ÉPOCA!

Conclusão: Se Pete Townshend não sabia da internet antes da gente, por sorte, ele passou bem perto...

Discos Recomendados:

The Who - Who's Next

Pete Townshend - Lifehouse Chronicles
* Nota para a canção English Boy do Psychoderelict, nota 10

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Crítica: Dylanesque - Bryan Ferry

A resposta, meu amigo...: 7 / 10

Bryan Ferry sabe fazer um simples cd de covers. As Time Goes By foi um simples cd de covers nota 10. Mas neste caso Bryan Ferry não foi tão feliz.

Dylanesque tem como tradução direta "estilo Dylan". Bryan Ferry fez um cd de covers do grande poeta roqueiro Bob Dylan. Mas não se iludam fãs da obra As Time Goes By e fãs do Roxy Music! A grande influência na qualidade do cd foi a triste seleção de músicas.
A graça do vocalista do Roxy Music é a sua abilidade de cantar versões muito bem feitas e acima de tudo diferentes, de clássicos. Nesse caso a seleção de músicas poderia ter sido retirada direto de um dos milhares de Best Of do Bob Dylan. Fãs não tão fiéis sentirão, de cara, falta de Blowin' In the Wind e It Ain't Me Babe. Os que são Dilanesques sentirão falta de Subterranean Homesick Blues (música que inspirou até o Radiohead em Subterranean Homesick Alien), Isis (cover de um milhão de bandas), I Want You e Just Like a Woman. Fã, ou não, quer ouvir Mr. Tambourine e não 42 minutos de cd.
Mas quando lidamos com Bryan Ferry temos que lembrar que estamos sempre lidando com um artista classe A. O disco se salva na última faixa, quando vira Dylanesque e Hendrix em uma versão furiosa de All Along the Watchtower. Claro que o disco tem outros clássicos como Positively 4th Street e Knockin' on Heaven Door, mas sem dúvida este é o ponto alto do disco.

Brian Ferry - All Along The Watchtower

[via FoxyTunes / Bryan Ferry]



Discos Recomendados:
Bryan Ferry - As Time Goes By
Bob Dylan - Bob Dylan's Greatest Hits (Original Recording - Digitally Remastered)

A loucura está de volta: TIM Festival!

Corram, os ingressos não são infinitos. Não é sempre que podemos ver The Killers, Arctic Monkeys, Bjork... Quem não conhece alguém que perdeu os Strokes, The White Stripes, Dave Matthews Band e Jamiroquai porque deixou para comprar em cima da hora?

Então, já excluindo alguns estados, está aí programação do Rio de Janeiro:



"
Agora com os preços!


Rio de Janeiro - Marina da Glória - 26 de outubro (sexta-feira)

Jazz US (20h)
Joe Lovano Nonet
Joey DeFrancesco Trio e convidado especial Bobby Hutcherson
Cecil Taylor
Conrad Herwig¿s Latin Side Band
Ingresso: R$ 140

TIM Volta (20h)
Antony and The Johnsons
Björk
Ingresso: R$ 180

Novas Divas (22h30)
Katia B
Cibelle
Feist
Cat Power e Dirty Delta Blues
Ingresso: R$ 100

Novo Rock UK (23h30)
Hot Chip
Arctic Monkeys
Ingresso: R$ 180

Novo Rock BR (1h)
Vanguart
Montage
Del Rey
Ingresso: R$ 40

Rio de Janeiro - Marina da Glória - 27 de outubro (sábado)

Euro Jazz (20h)
Eldar
Roberta Gambarini Quartet
Sylvain Luc Quartet
Stepano Di Battista Quartet
Ingresso: R$ 140

Novo Rock US (20h)
Juliette and The Licks
The Killers
Ingresso: R$ 180

TIM Cool (22h30)
Projeto Axial
Winona featuring Craig Armstrong and Scott Fraser
cirKus com Neneh Cherry
Ingresso: R$ 100

TIM Festa / TIM na Pista (1h)
Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo
MOO
Guab

TIM Festa / TIM Disco House (1h)
Lindstrøm
Toktok

TIM Festa / Funk Mundial (1h)
MC Gringo
Daniel Haaksman
DJ Sandrinho
Count of Monte Cristal (Hervé) & Sinden
Diplo
DJ Marlboro

TIM Festa / TIM Mash Up (1h)
Spank Rock
Girl Talk
Ingresso: R$ 60 (vale para todos do Tim Festa)"

Info: http://musica.terra.com.br/timfestival2007/

Sejam bem vindos!

Entrem todos e fiquem a vontade.
O Jornaleiro da Música é um veículo onde teremos o prazer de colocar as notícias mais recentes do mundo da música.
Também teremos críticas de cds, dvds e shows. Leitores que enviarem suas críticas terão suas críticas publicadas e creditadas.
Por favor enviem suas críticas ou qualquer tipo de comentário para o email:
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