segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Chris Cornell no Rio - A prova de mais de 20 anos de sucesso

Crítica 10/10

Não teve Chris sarado de bigodinho, cabelo longo, camisa de flanela e qualquer coisa esperada por um público desavisado. Só um surpreendente show perfeito!

Nunca fui muito fã do Soundgarden. Curtia o primeiro disco do Audioslave porque quando ouvi falar de uma banda com o instrumental do Rage Against the Machine e o vocal da banda que tocava Black Hole Sun, fiquei interessado. Rápido cheguei a conclusão que tudo parecia demais uma jogada de marketing para mim. Descobri o Temple of the Dog este ano (2007).

Foi ouvindo o disco Carry On, segundo solo de Chris Cornell, que comecei a reparar o verdadeiro valor dos gritos incessantes do Soundgarden, do rock "funky" do Audioslave e da profundidade do Temple of the Dog. Tive que caçar conteúdo de 20 anos de carreira do artista pois o show estava chegando.

No dia pode-se dizer que todas as forças do universo estavam contra o show. Não pegava uma chuva daquelas a anos. Muitos desistiram e menos de 1/3 foram assistir o show com a pior divulgação de 2007.

Entretanto com um pouco menos de uma hora de atraso lá estava Chris silenciando as vozes dos que dizem NÃO (Silence the Voices, música calma, com pinta mais de fim de show do que de início). O clima estava criado, mas a plateia ainda estava fria, digo surpresa com a força dos vocais ao vivo de Chris. Mas logo em seguida, alegando ser sua própria história, começa Original Fire (Audioslave) e o público acompanha com palmas e pulos, regendo a banda. E pronto começa o bombardeio: No Such Thing (solo), Outshined (Soundgarden), Hungerstrike (Temple of the Dog, não esperava a reação do público ao cantar o segundo verso em coro, Chris, no entanto, deu o microfone para o público carioca!) e assim o show seguiu (deu pra entender o nivel).


Então após algumas fantásticas (Show me How to Live e Spoonman!), começou o set acústico: Call me a Dog (a minha favorita do Temple of the Dog), Billie Jean (Michael Jackson, boas risadas mas o ponto baixo do show), Finally Forever (solo, valeu explicação de Chris que ele tocou essa para sua mulher na cerimônia de casamento), Getaway Car (Audioslave, comentou que nunca tinha tocado essa acústica, legal acreditar, pois ficou ótima), entre outras. Outro ponto alto foi o fim do set acústico quando começou Doesn't Remind Me (Audioslave) acústica, e abanda entrou rasgando no refrão!

Chris saiu do palco e a banda assumiu um "jam" fantástico somente para início da fantástica Cochise (audioslave), quando Chris voltou e assumiu os vocais. Neste segundo ato ouvimos obras primas como You Know My Name (solo, música lançamento do filme 007 Casino Royale), Fell On Black Days, Jesus Crhrist Pose e muitas outras do Soundgarden.

O show terminou com um grande mix de Soundgarden e como de costume o "medley" Slaves and Bulldozers até Whole Lotta Love (Led Zeppelin) com váriass no meio sem tempo para respirar (não que alguém queira respirar)!

O show perfeito. O som estava perfeito. Eu consegui ficar a dois metros no máximo do Chris Cornell, e qualquer um conseguiria. Vocal perfeito, tudo que era para estar perfeito. Até parou de chover quando o show terminou.

Perfeito para fechar o ano.


Só para colocar uma inveja em quem perdeu:

Setlist:

Silence the Voices
Original Fire
No Such Thing
Outshined
Show Me How To Live
Hunger Strike
Be Yourself
Spoonman
Call Me a Dog (início do set acústico)
Finally Forever
Billie Jean
Getaway Car
Wide Awake
Like A Stone
Doesnt Remind Me (fim do set acústico com entrada da banda)
Cochise
Pushin Forward Back
Slow
Jesus Chris Pose
Arms Around Your Love
You Know My Name
Fell On Black Days
Black Hole Sun
What You Are
Rusty Cage (bis)
Cant Change Me
Burden In My Hand
Sunshower
Slaves And Bulldozers
Drum Solo
S.W.M.G.E.C
4th of July
Like Suicide
The End
Whole Lotta Love


Agradecimentos a este endereço, visitem:
(http://blognaotemnome.blogspot.com)



Nos link abaixo os videos aqui no Rio!

Getaway Car (acústico)

http://www.youtube.com/watch?v=eMqBeBK1K-o

Be Yourself

http://www.youtube.com/watch?v=dNzHnWgAIyk

Can't Change Me

http://www.youtube.com/watch?v=tQ-BWcNJFT0&feature=related


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Banda em destaque: Eagles of Death Metal

Jesse Hughes (o cara é má notícia!)

Guitarras, barrigas de cerveja, óculos Rayban, motoqueiros com roupa de couro, e um enorme bigode. Ah, e Josh Homme (Queens of the Stone Age) na bateria! Eagles of Death Metal é diversão na certa.

Jesse Hughes

Eagles Of Death Metal

[via FoxyTunes / Eagles of Death Metal]



Durante os volumes 3 e 4 (1998) dos Desert Sessions os Eagles of Death Metal foram formados por Jesse Hughes e Josh Homme. Não, a banda não é de Death Metal, parece mais um Garage Rock misturado com o Rock 'n Roll do sul dos EUA dos anos 50. Essa mistura que torna o som tão divertido. Bom, essa mistura e o homem de frente, o quase emblemático, Jesse Hughes.

Jesse Hughes pode ser definido de diversas maneiras. Ele pode ser o homem que vai te oferecer uma cerveja no bar de motoqueiros mais repulsivo da região e depois te dar uma facada com a mesma faca que limpava as unhas porque você olhou para mulher que ele pretendia ir atrás. Ele pode ser o seu melhor amigo, se você elogiar o bigode dele. Ou ele pode ser somente o mais que carismático líder de uma das bandas mais divertidas formadas nesta década.

Então o louco do Jesse Hughes e o gênio do Josh Homme resolveram formar o Eagles of Death Metal. Sexy, engraçado e puro "rockabilly". Certamente as Águis do "Death Metal" colocarão um sorriso no rosto de qualquer pessoa que aprecia o rock em sua essência.

Para entender melhor, assistam o video da música I Want You So Hard (the Boy's Bad News):

[via FoxyTunes / Eagles of Death Metal]


domingo, 2 de dezembro de 2007

Destaque: Desert Sessions (Volume 1-10)

Um gênio, um ideal, uma reunião musical no meio do deserto

Em agosto de 1997, Josh Homme idealizou e criou os Desert Sessions. Diz a lenda que Homme, um dos gênios dos anos 90 / 2000, hoje líder ativo do Queens of the Stone Age, queria gravar no estúdio Joshua Tree, no meio do deserto localizado no Rancho de La Luna, por dias sem parar sob o efeito de “chá de cogumelos”, liberando toda a sua criatividade na obra perfeita.

PJ Harvey e Josh Homme lançando volumes 9 e 10

Lenda ou não, Homme convidou amigos das bandas Kyuss, Monster Magnet, Soungarden e muitas outras mais. Músicos que viriam a formar bandas como o Eagles of Death Metal e outros projetos paralelos de integrantes do Queens of the Stone Age. As gravações também contaram com a presença de uma das maiores roqueiras da atualidade, PJ Harvey, do genial, ex-Screaming Trees, Mark Lanegan, o baixista da formação original do QOTSA, Nick Oliveri, que tocou completamente nu no Rock in Rio e Samantha Maloney, Motley Crue.

O resultado foram álbuns lançados em dez volumes, lançados de 1997 a 2004. Psicodélicos com pegadas de rock (ou o bom “desert rock” como o estilo acabou sendo definido), vocais diversos e toques femininos nos últimos volumes com toda a sensualidade de PJ Harvey. Várias músicas acabaram sendo reutilizadas em discos das bandas que participaram das gravações (Make it Wit U, Hangin’ Tree, Crawl Home, I’m Here for Your Daughter, Like a Drug, Cake (Who Shit On?) e muitas outras). E algumas curiosidades, como a música Avon (também aproveitada dos Sessions) tem sua versão oposta, Nova, com vocal diferente, vocalista e melodia.


PJ Harvey e Josh Homme lançando o single Crawl Home

Ao fim dos dez volumes, ouve-se muitas obras de artes, boas tentativas, músicas gravadas por diversão mas acima de tudo a música gravada pela música.

Discos Recomendados:
Desert Sessions (Volume 1 e 2)
Desert Sessions (Volume 9 e 10)

Desert Sessions 9 & 10 Making Of

[via FoxyTunes / The Desert Sessions]


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Crítica: Lily Allen - Alright, Still

Bizarrinha, mas da melhor maneira possível: 8/10

Confesso, ao ouvir a primeira faixa, Smile, quase que imediatamente desliguei o som. A música já havia sido martelada tantas vezes na minha cabeça pelas rádios que não aguentava mais! Mas parei e esperei, pois a letra é sensacional. Chegando na segunda música entendi o por quê da crítica tão positiva da obra Alright, Still.

Lily Allen

Lily Allen

[via FoxyTunes / Lily Allen]



Knock 'Em Out é um ska sobre mulheres em pubs, LDN é um HIT na certa, meio merengue, e a quarta, Everything's Just Wonderful, é meio ska, com uma pitadinha de bossa nova, não jazz. É realmente surpreendente como cada música tem sua personalidade. A música Alfie, que fecha o disco é sobre um irmão mais novo que se recusa a fazer qualquer coisa da vida, letra que salva a música de ser somente uma música engraçadinha sem substância.

Aliás, isso também é o maior ponto negativo do disco. Se os envolvidos nas letras não fossem tão criativos, músicas como LDN e Alfie seriam medíocres e outras pareceriam a Lady Sovereign (que fala sobre dinheiro e ser baixa), Just Jack (tópico: drogas) ou qualquer "rapper" do reino unido.


As letras, no entanto, são tão boas que cada vez que você ouve parece que Lily Allen está contando uma história mais bizarra, sempre positiva e engraçada.

Lily Allen LDN Video

[via FoxyTunes / Lily Allen]



Melhor música do disco:
Everything's Just Wonderful (faixa 4)

Chris Cornell: Turnê Brasil

Recebemos o grunge de braços abertos!

Chris Cornell

[via FoxyTunes / Chris Cornell]


É claro que não é o Nirvana. Nem o Foo Fighters. Já tivemos o prazer do Pearl Jam. Não vou entrar em detalhes sobre o Alice in Chains...

Mas teremos a felicidade de no dia 12 de dezembro no Citibank Hall (RJ) e e dia 13 no Credicard Hall (SP) de shows do ex-lider do Soundgarden (Temple of the Dog e Audioslave) se apresentar aqui no Brasil. Isso mesmo Chris Cornell estará comemorando seus vinte anos de carreira com esta turnê sólo e teremos o prazer de assistir a essas apresentações.

O Cantor anda em alta com seu último disco (sólo) "Carry On" elogiado e tendo feito a música tema de 007 Cassino Royale, You Know My Name. Colocarei aqui um dos setlists que consegui achar na internet que vem tocando nessa turnê (para quem quiser ficar mais ligado).

Let Me Drown
Outshined
Show Me How To Live
You Know My Name
No Such Thing
Say Hello 2 Heaven
What You Are
Rusty Cage
Billie Jean
Fell On Black Days
Blow Up
The Outside World
All Night Thing
Doesn't Remind Me
Cochise
Arms Around Your Love
Black Hole Sun
Spoonman
Silence The Voices
Like A Stone
Slaves And Bulldozers

E aqui uma canjinha da favorita de todos:

Chris Cornell - Black Hole sun

[via FoxyTunes / Chris Cornell]


Crítica Clipe: Make it Wit Chu - Queens of the Stone Age: Era Vulgaris

Sexo e rock, o que mais está faltando?

O Queen of the Stone Age é uma dessas banda "inrotuláveis". A banda já foi injustamente chamda de Heavy Metal, Death Metal, Hard Rock, Pschodelic Metal... A última que ouvi foi Desert Rock (que até gostei). A coisa certa da banda é sua qualidade. E que essa qualidade se espalha com projetos paralelos como o Eagles of Death Metal (que se apresenta aqui no Brasil) e toda a carreira solo de Mark Lanegan (integrante de estúdio da banda).

Queens of the Stone Age

[via FoxyTunes / Queens of the Stone Age]



Mas porque mencionar sexo quando se fala dessa banda? Talvez porque o "Q" da banda é representado por um esperma, ou porque (I Wanna) "Make it Wit Chu", o refrão deste clipe quer dizer (eu quero) "fazer amor" (para manter o público alvo abrangente deste blog) com você. Falaremos então do clipe:

"Make it Wit U" é uma canção mais antiga, veio lá do "Desert Sessions", uma reunião de artistas (PJ Harvey, amigos e membros dos projetos paralelos dos membros do QOTSA) feita em meados da década de noventa. A verdade é que não teria muito a cara da banda se não fosse pelos vocais de Josh Homme, o que parece óbvio, mas não é. A música é calma e sensual. As guitarras atuam sem agressividade e ficam no fundo, o que não é característica da banda. O clipe é calmo com a banda tocando no meio do deserto. É claro que tinha que ter uma sensualidade envolvida, então casais (de todos os tipos) logo começam a aparecer se beijando.

O clipe é muito bem filmado, os casais realmente passam o fator sensualidade, mas faltou a s grandes idéias que o QOTSA sempre passa em seus clipes. É difícilver um clipe simples assim depois de ver Sick, Sick, Sick, em que a banda é devorada após não sobrar mais comida para uma mulher grotesca, Little Sister e a stripper completando o que seria um simples clipe de uma banda tocando, e No One Knows, ataque de veado atropelado elouquecido. Não podemos esquecer Go With the Flow, um dos melhores clipes de todos os tempos, mas esse, só assistindo pra entender.

Queens of the Stone Age - Make It Wit Chu

[via FoxyTunes / Queens of the Stone Age]



Clipes recomendados:
Sick, Sick, Sick
Go With the Flow

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Crítica: On the Leyline - Ocean Colour Scene

Fator HIT: 7/10

Nos anos 90 uma banda começou a crescer na grã-bretanha abusando de percussão forte, vocal chorado e melodioso, baixo marcante e um dos mais criativos guitarristas da geração. Estilosos, era difícil ver em um show um integrante sem óculos escuros, chapéu (não boné) e muitas vezes o "sobre-tudo". Era mais uma banda trazendo de volta o movimento da década de 60 dos "Mods" ingleses, popularizado por bandas como The Who e Small Faces.

No disco "On the Leyline", é fácil sentir a força do rock retrô da banda. Músicas como Never Find Me, Don't Get Me e Two Lovers poderiam tocar nas rádios mais calmas enquanto I Told You So, música que abre o álbum, conquista qualquer um de primeira com a perfeita de dosagem de guitarra e melodia. A música, For Dancers Only, é forte e carregada e tem a autoria de Paul Weller, um dos músico mais respeitados da Europa por ter liderado o The Jam e o Style Council, e um grande amigo da banda. Paul Weller, quando faz turnê costuma convidar Stevie Craddock, guitarrista da banda, para acompanhá-lo como músico convidado, e muitas vezes participa das apresentações do Ocean Colour Scene.


No entanto, On the Leyline chega ao fim e vem aquele sentimento de incompleto. Por que? Porque todo disco precisa de no mínimo um HIT. Uma música que o público vai querer comprar na internet, um chiclete na cabeça, uma música que o ouvinte sai cantando o refrão (mesmo errado). No passado a banda teve músicas como Riverboat Song, Hundred Mile High City (do filme Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes), The Day We Caught the Train e, pra finalizar, Up On the Down Side.

A música Go to the Sea Boys é sem dúvida a melhor do disco e talvez se torne um HIT. Espero que sim... acredito que não.

Um gostinho de um verdadeiro HIT:

Ocean Colour Scene - July

[via FoxyTunes / Ocean Colour Scene]



Discos Recomendados:

Ocean Colour Scene: Mosely Shoals

Paul Weller: Live Wood (guitarra de Stevie Craddock)





sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Crítica: Icky Thump - The White Stripes

De Stijl de novo: 8/10

(É isso mesmo, não consegui segurar. Se você já ouviu De Stijl...)
Bom, acho que é melhor falar só sobre Icky Thump no momento...

Icky Thump começa forte. A música título (que fala de prostitutas, mexicanos e coisas completamente aleatórias) e o segundo single, You Don't What Love Is, são sucesso. O meio do disco é que fica confuso. Conquest não é para todos (a música é um rock/ blues/ espanhol com base em guitarra e trompete, com a voz mais gritante do que nunca, de Jack White). Mas ouvindo a música como se não fosse de uma banda de duas pessoas, pode ser considerada uma das melhores do disco. Já Prickly Thorn não é o mesmo caso. A música tem como base instrumental uma gaita de fole (sim, aquele instrumento que parece um travesseiro). Sou totalmente a favor da inovação, mas essa não agradou.



O que salvou o disco mesmo foi o bom e velho White Stripes. A guitarra nos blues 300 M.P.H. Torrential Outpour Blues e Catch Hell Blues tem a força necessária para segurar as canções mais calmas do disco. A letra do folk Effect and Cause é perfeita, enquanto o teatrinho musical da canção Rag and Bone, em que Jack e Meg White (dois mendigos) ficam oferecendo pegar lixo dos outros prometendo alguma utilidade, é um dos rocks mais bem feitos do disco. Little Cream Soda e Bone Broke, são canções pesadas com forte influência dos Stooges, e vaga lembrança de Robert Plant (Led Zeppelin) no vocal.


Para finalizar, deixei para dar atenção especial para a música A Martyr for My Love for You. A letra volta a inocência do White Stripes, não fala de imigrantes mexicanos e prostitutas. Como Bob Dylan, e suas letras de paz e guerra, e Johnny Cash, e o imaginário e eterno prisioneiro, tem certos letristas que escrevem certos estilos como ninguém. Jack White, talvez até no começo do espetáculo "White Stripes", começou a escrever com a sua juventude na sua frente. Com sucessos como Seven Nation Army, temática política, Jack parou de escrever tantas Fell in Love With a Girl (me apaixonei por uma garota).

Mais uma vez Jack White, nos traz um grande disco. Para quem acompanha a carreira do duo, ao ouvir esse disco lembro da expressão De Stijl.

Discos Recomendados:
The White Stripes: De Stijl
Raconteurs: Little Boy Soldiers

White Stripes Concert Part 6

[via FoxyTunes / The White Stripes]



quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Kasabian no Brasil!

Um dia Charles Manson, um assassino em série, foi entregue a polícia pela testemunha, Linda Kasabian. Hoje, Kasabian, irá entregar o Rock para a gente!

Formados em 1999, banda inglesa tem sido contantemente premiada pelo estilo retrô de cantar e tocar o som sujo do rock com as inovações do eletrônico. A banda, que já teve seu som comparado ao Oasis e estilo comparado ao Stone Roses e Happy Mondays, tocará seu primeiro show no Brasil, com data confirmada em São Paulo dia 10 de Novembro.

A banda tocará no festival Planeta Terra junto com The Rapture, Lily Allen e outras já confirmadas.

fonte: http://www.oasisnews.com.br/?p=284

Discos Recomendados:
Kasabian - Kasabian
Stone Roses - Second Coming

sábado, 8 de setembro de 2007

Radiohead: Falou tá falado!

Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead, terminou a semana com uma ótima notícia para os fãs da banda. O mais novo álbum do Radiohead já está completo! Não só isso, mas pronto para o lançamento!!!

No entanto, o lançamento deste álbum não está tão próximo assim. Em 2003, o Radiohead lançou Hail to the Thief e completou o seu acordo de seis discos com a EMI. Neste momento a banda está sem gravadora e ainda não tem nenhuma, anunciada para a mídia, em vista. Também não temos um título para o disco (!?).

Se parar para pensar, só temos a palavra do Jonny Greenwood e problemas.

Como temos essa como a única declaração oficial do Radiohead, falou ta falado!
(Agora é a pior parte... esperar)

fonte: http://www.nme.com/news/radiohead/30982

Discos Recomendados:
Radiohead - OK Computer (chamado por muitas revistas de Rock de todas as gerações, de o novo Sgt. Peppers dos Beatles)
Radiohead - Kid A (obra prima de uma banda de rock, todo eletrônico)

Morte de Pavarotti

Morre no dia 6 de Setembro de 2007, um dos maiores tenores da atualidade.

Luciano Pavarotti, 1935-2007, foi mais uma vítima de câncer no pâncreas. Devemos então lembrar de todos os seus momentos de felicidade e toda a sua contribuição, não só para música italiana, mas mundial.

No Brasil, tivemos a sorte de presenciá-lo com os três tenores e antes de nos deixar gravou a obra Pavarotti Essencial, álbum que chegou ao topo das paradas britânicas.


fonte:
http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI1884650-EI1267,00.html

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Crítica: Live from Dakota - Stereophonics

De volta aos bons tempos: 9/10

Rústico. Barulhento. Guitarras no volume máximo. Kelly Jones, vocalista e lider do Stereophonics, parece que percebeu no que vinha errando. Infelizmente foi preciso duas turnês acústicas, uma de covers (?), para que fosse acionado o botão de alerta.

O Stereophonics ganhou seu reconhecimento em meados dos anos noventa com o disco Performance and Cocktails e nunca mais conseguiu atingir a mesma qualidade. Depois do hit de rádio Mr. Writer, do álbum J.E.E.P., a banda caiu no esquecimento (como se isso fosse anormal aqui no Brasil), e o público brasileiro perdeu grandes músicas, de discos não tão bons, como Madame Helga, Traffic e Maybe Tomorrow (que qualquer rádio poderia fazer um mega hit desta música).

O Stereophonics só voltou com tudo por causa do Live 8 e sua apresentação bombástica de Dakota, música do útimo e melhor disco do conjunto desde Performance and Cocktails, o disco Language, Sex, Violence, Other... . E é deste dois discos e de pingos dos outros que formado Live From Dakota. Superman alavanca um disco duplo que termina com uma versão gloriosa de Dakota. As novas, como Pedalpusher e Devil, estão tão boas quanto as antigas, A Thousand Trees e The Bartender and the Thief. Os pontos altos do disco são quando Madame Helga não deixa você respirar na entrada de "L A aS" Vegas Two Times, e para as fãs, quando Kelly Jones toca Maybe Tomorrow.




Então leitores, porque não 10/10. Duas coisas, som rústico é legal, mas em alguns momentos você sente falta da qualidade. Músicas como Traffic valiam um violão ou uma guitarra bem mais leve. E por incrível que pareça, última coisa. Vou falar isso mil vezes em mil críticas, não misturem "alhos com bugalhos". A música Jayne é ótima na carreira solo do Kelly Jones. Perfeita, no violão, uma das poucas muito boas mesmo. Neste setlist, só não recomendo pular para não perder o clima do show.
Mas não percam a esperança!

Para todos os fãs do bom e velho Rock 'n Roll, está aí, Live at Dakota!

Stereophonics - Superman (live)

[via FoxyTunes / Stereophonics]


Discos Recomendados:

Stereophonics - Performance and Cocktails

Oasis - Be Here Now

Townshend, internet... Quem?!



No início dos anos 70 um jovem rapaz começou a sonhar com um mundo onde todos seriam conectados sem restrições. Seria esse jovem um gênio ou um louco?

Pete Townshend, após imenso sucesso com a ópera rock Tommy, com seu conjunto, The Who, começava a sonhar com o projeto Lifehouse. Townwshend sonhou e sonhou com algo que seria uma previsão da internet, uma "nota musical" conectando a todos (ou pelo menos foi isso que Townshend tentou explicar antes de literalmente surtar!). Voltando à sua normalidade (ou quase) ainda tivemos obras primas do rock sendo lançadas pela banda. Who Are You (tocada diversas vezes pela banda inglesa Stereophonics), Baba O'Reilly (música que fez parte do repertório do Pearl Jam, tocada no Rio de Janeiro), Behind Blue Eyes (já tocada por Sheryl Crow, Bryan Adams e Limp Bizkit), Pure and Easy e Won't Get Fooled Again. Duas músicas que tem refrão diretamente ligadas a idéia do Lifehouse são Relay, que fala da grande velocidade da troca de informação, e Getting in Tune, que em sua letra menciona todos no mesmo tom. CONECTADOS!

Então por anos o projeto foi abandonado. Até que, em sua carreira solo, início dos anos noventa (1993), Townshend lança a obra Psychoderelict. Um disco de média qualidade, agora aborda de forma diferente, em uma ópera/ drama musical, uma idéia estranhamente semelhante ao Lifehouse. Bem vindos ao "Grid", inventado para este projeto, uma espécie de rede (ou a web que tanto conhecemos). Os seres humanos viviam em função de algo chamado "Grid Life", ou a nossa internet. A idéia deste drama musical, era que um artista, no fim de sua carreira musical queria dar um show para todos no "Grid", meio como um Webcast para o mundo todo. NÃO ESTÁVAMOS NEM PERTO DE TER WEBCASTS NESTA ÉPOCA!

Conclusão: Se Pete Townshend não sabia da internet antes da gente, por sorte, ele passou bem perto...

Discos Recomendados:

The Who - Who's Next

Pete Townshend - Lifehouse Chronicles
* Nota para a canção English Boy do Psychoderelict, nota 10

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Crítica: Dylanesque - Bryan Ferry

A resposta, meu amigo...: 7 / 10

Bryan Ferry sabe fazer um simples cd de covers. As Time Goes By foi um simples cd de covers nota 10. Mas neste caso Bryan Ferry não foi tão feliz.

Dylanesque tem como tradução direta "estilo Dylan". Bryan Ferry fez um cd de covers do grande poeta roqueiro Bob Dylan. Mas não se iludam fãs da obra As Time Goes By e fãs do Roxy Music! A grande influência na qualidade do cd foi a triste seleção de músicas.
A graça do vocalista do Roxy Music é a sua abilidade de cantar versões muito bem feitas e acima de tudo diferentes, de clássicos. Nesse caso a seleção de músicas poderia ter sido retirada direto de um dos milhares de Best Of do Bob Dylan. Fãs não tão fiéis sentirão, de cara, falta de Blowin' In the Wind e It Ain't Me Babe. Os que são Dilanesques sentirão falta de Subterranean Homesick Blues (música que inspirou até o Radiohead em Subterranean Homesick Alien), Isis (cover de um milhão de bandas), I Want You e Just Like a Woman. Fã, ou não, quer ouvir Mr. Tambourine e não 42 minutos de cd.
Mas quando lidamos com Bryan Ferry temos que lembrar que estamos sempre lidando com um artista classe A. O disco se salva na última faixa, quando vira Dylanesque e Hendrix em uma versão furiosa de All Along the Watchtower. Claro que o disco tem outros clássicos como Positively 4th Street e Knockin' on Heaven Door, mas sem dúvida este é o ponto alto do disco.

Brian Ferry - All Along The Watchtower

[via FoxyTunes / Bryan Ferry]



Discos Recomendados:
Bryan Ferry - As Time Goes By
Bob Dylan - Bob Dylan's Greatest Hits (Original Recording - Digitally Remastered)

A loucura está de volta: TIM Festival!

Corram, os ingressos não são infinitos. Não é sempre que podemos ver The Killers, Arctic Monkeys, Bjork... Quem não conhece alguém que perdeu os Strokes, The White Stripes, Dave Matthews Band e Jamiroquai porque deixou para comprar em cima da hora?

Então, já excluindo alguns estados, está aí programação do Rio de Janeiro:



"
Agora com os preços!


Rio de Janeiro - Marina da Glória - 26 de outubro (sexta-feira)

Jazz US (20h)
Joe Lovano Nonet
Joey DeFrancesco Trio e convidado especial Bobby Hutcherson
Cecil Taylor
Conrad Herwig¿s Latin Side Band
Ingresso: R$ 140

TIM Volta (20h)
Antony and The Johnsons
Björk
Ingresso: R$ 180

Novas Divas (22h30)
Katia B
Cibelle
Feist
Cat Power e Dirty Delta Blues
Ingresso: R$ 100

Novo Rock UK (23h30)
Hot Chip
Arctic Monkeys
Ingresso: R$ 180

Novo Rock BR (1h)
Vanguart
Montage
Del Rey
Ingresso: R$ 40

Rio de Janeiro - Marina da Glória - 27 de outubro (sábado)

Euro Jazz (20h)
Eldar
Roberta Gambarini Quartet
Sylvain Luc Quartet
Stepano Di Battista Quartet
Ingresso: R$ 140

Novo Rock US (20h)
Juliette and The Licks
The Killers
Ingresso: R$ 180

TIM Cool (22h30)
Projeto Axial
Winona featuring Craig Armstrong and Scott Fraser
cirKus com Neneh Cherry
Ingresso: R$ 100

TIM Festa / TIM na Pista (1h)
Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo
MOO
Guab

TIM Festa / TIM Disco House (1h)
Lindstrøm
Toktok

TIM Festa / Funk Mundial (1h)
MC Gringo
Daniel Haaksman
DJ Sandrinho
Count of Monte Cristal (Hervé) & Sinden
Diplo
DJ Marlboro

TIM Festa / TIM Mash Up (1h)
Spank Rock
Girl Talk
Ingresso: R$ 60 (vale para todos do Tim Festa)"

Info: http://musica.terra.com.br/timfestival2007/

Sejam bem vindos!

Entrem todos e fiquem a vontade.
O Jornaleiro da Música é um veículo onde teremos o prazer de colocar as notícias mais recentes do mundo da música.
Também teremos críticas de cds, dvds e shows. Leitores que enviarem suas críticas terão suas críticas publicadas e creditadas.
Por favor enviem suas críticas ou qualquer tipo de comentário para o email:
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