segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Chris Cornell no Rio - A prova de mais de 20 anos de sucesso

Crítica 10/10

Não teve Chris sarado de bigodinho, cabelo longo, camisa de flanela e qualquer coisa esperada por um público desavisado. Só um surpreendente show perfeito!

Nunca fui muito fã do Soundgarden. Curtia o primeiro disco do Audioslave porque quando ouvi falar de uma banda com o instrumental do Rage Against the Machine e o vocal da banda que tocava Black Hole Sun, fiquei interessado. Rápido cheguei a conclusão que tudo parecia demais uma jogada de marketing para mim. Descobri o Temple of the Dog este ano (2007).

Foi ouvindo o disco Carry On, segundo solo de Chris Cornell, que comecei a reparar o verdadeiro valor dos gritos incessantes do Soundgarden, do rock "funky" do Audioslave e da profundidade do Temple of the Dog. Tive que caçar conteúdo de 20 anos de carreira do artista pois o show estava chegando.

No dia pode-se dizer que todas as forças do universo estavam contra o show. Não pegava uma chuva daquelas a anos. Muitos desistiram e menos de 1/3 foram assistir o show com a pior divulgação de 2007.

Entretanto com um pouco menos de uma hora de atraso lá estava Chris silenciando as vozes dos que dizem NÃO (Silence the Voices, música calma, com pinta mais de fim de show do que de início). O clima estava criado, mas a plateia ainda estava fria, digo surpresa com a força dos vocais ao vivo de Chris. Mas logo em seguida, alegando ser sua própria história, começa Original Fire (Audioslave) e o público acompanha com palmas e pulos, regendo a banda. E pronto começa o bombardeio: No Such Thing (solo), Outshined (Soundgarden), Hungerstrike (Temple of the Dog, não esperava a reação do público ao cantar o segundo verso em coro, Chris, no entanto, deu o microfone para o público carioca!) e assim o show seguiu (deu pra entender o nivel).


Então após algumas fantásticas (Show me How to Live e Spoonman!), começou o set acústico: Call me a Dog (a minha favorita do Temple of the Dog), Billie Jean (Michael Jackson, boas risadas mas o ponto baixo do show), Finally Forever (solo, valeu explicação de Chris que ele tocou essa para sua mulher na cerimônia de casamento), Getaway Car (Audioslave, comentou que nunca tinha tocado essa acústica, legal acreditar, pois ficou ótima), entre outras. Outro ponto alto foi o fim do set acústico quando começou Doesn't Remind Me (Audioslave) acústica, e abanda entrou rasgando no refrão!

Chris saiu do palco e a banda assumiu um "jam" fantástico somente para início da fantástica Cochise (audioslave), quando Chris voltou e assumiu os vocais. Neste segundo ato ouvimos obras primas como You Know My Name (solo, música lançamento do filme 007 Casino Royale), Fell On Black Days, Jesus Crhrist Pose e muitas outras do Soundgarden.

O show terminou com um grande mix de Soundgarden e como de costume o "medley" Slaves and Bulldozers até Whole Lotta Love (Led Zeppelin) com váriass no meio sem tempo para respirar (não que alguém queira respirar)!

O show perfeito. O som estava perfeito. Eu consegui ficar a dois metros no máximo do Chris Cornell, e qualquer um conseguiria. Vocal perfeito, tudo que era para estar perfeito. Até parou de chover quando o show terminou.

Perfeito para fechar o ano.


Só para colocar uma inveja em quem perdeu:

Setlist:

Silence the Voices
Original Fire
No Such Thing
Outshined
Show Me How To Live
Hunger Strike
Be Yourself
Spoonman
Call Me a Dog (início do set acústico)
Finally Forever
Billie Jean
Getaway Car
Wide Awake
Like A Stone
Doesnt Remind Me (fim do set acústico com entrada da banda)
Cochise
Pushin Forward Back
Slow
Jesus Chris Pose
Arms Around Your Love
You Know My Name
Fell On Black Days
Black Hole Sun
What You Are
Rusty Cage (bis)
Cant Change Me
Burden In My Hand
Sunshower
Slaves And Bulldozers
Drum Solo
S.W.M.G.E.C
4th of July
Like Suicide
The End
Whole Lotta Love


Agradecimentos a este endereço, visitem:
(http://blognaotemnome.blogspot.com)



Nos link abaixo os videos aqui no Rio!

Getaway Car (acústico)

http://www.youtube.com/watch?v=eMqBeBK1K-o

Be Yourself

http://www.youtube.com/watch?v=dNzHnWgAIyk

Can't Change Me

http://www.youtube.com/watch?v=tQ-BWcNJFT0&feature=related


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Banda em destaque: Eagles of Death Metal

Jesse Hughes (o cara é má notícia!)

Guitarras, barrigas de cerveja, óculos Rayban, motoqueiros com roupa de couro, e um enorme bigode. Ah, e Josh Homme (Queens of the Stone Age) na bateria! Eagles of Death Metal é diversão na certa.

Jesse Hughes

Eagles Of Death Metal

[via FoxyTunes / Eagles of Death Metal]



Durante os volumes 3 e 4 (1998) dos Desert Sessions os Eagles of Death Metal foram formados por Jesse Hughes e Josh Homme. Não, a banda não é de Death Metal, parece mais um Garage Rock misturado com o Rock 'n Roll do sul dos EUA dos anos 50. Essa mistura que torna o som tão divertido. Bom, essa mistura e o homem de frente, o quase emblemático, Jesse Hughes.

Jesse Hughes pode ser definido de diversas maneiras. Ele pode ser o homem que vai te oferecer uma cerveja no bar de motoqueiros mais repulsivo da região e depois te dar uma facada com a mesma faca que limpava as unhas porque você olhou para mulher que ele pretendia ir atrás. Ele pode ser o seu melhor amigo, se você elogiar o bigode dele. Ou ele pode ser somente o mais que carismático líder de uma das bandas mais divertidas formadas nesta década.

Então o louco do Jesse Hughes e o gênio do Josh Homme resolveram formar o Eagles of Death Metal. Sexy, engraçado e puro "rockabilly". Certamente as Águis do "Death Metal" colocarão um sorriso no rosto de qualquer pessoa que aprecia o rock em sua essência.

Para entender melhor, assistam o video da música I Want You So Hard (the Boy's Bad News):

[via FoxyTunes / Eagles of Death Metal]


domingo, 2 de dezembro de 2007

Destaque: Desert Sessions (Volume 1-10)

Um gênio, um ideal, uma reunião musical no meio do deserto

Em agosto de 1997, Josh Homme idealizou e criou os Desert Sessions. Diz a lenda que Homme, um dos gênios dos anos 90 / 2000, hoje líder ativo do Queens of the Stone Age, queria gravar no estúdio Joshua Tree, no meio do deserto localizado no Rancho de La Luna, por dias sem parar sob o efeito de “chá de cogumelos”, liberando toda a sua criatividade na obra perfeita.

PJ Harvey e Josh Homme lançando volumes 9 e 10

Lenda ou não, Homme convidou amigos das bandas Kyuss, Monster Magnet, Soungarden e muitas outras mais. Músicos que viriam a formar bandas como o Eagles of Death Metal e outros projetos paralelos de integrantes do Queens of the Stone Age. As gravações também contaram com a presença de uma das maiores roqueiras da atualidade, PJ Harvey, do genial, ex-Screaming Trees, Mark Lanegan, o baixista da formação original do QOTSA, Nick Oliveri, que tocou completamente nu no Rock in Rio e Samantha Maloney, Motley Crue.

O resultado foram álbuns lançados em dez volumes, lançados de 1997 a 2004. Psicodélicos com pegadas de rock (ou o bom “desert rock” como o estilo acabou sendo definido), vocais diversos e toques femininos nos últimos volumes com toda a sensualidade de PJ Harvey. Várias músicas acabaram sendo reutilizadas em discos das bandas que participaram das gravações (Make it Wit U, Hangin’ Tree, Crawl Home, I’m Here for Your Daughter, Like a Drug, Cake (Who Shit On?) e muitas outras). E algumas curiosidades, como a música Avon (também aproveitada dos Sessions) tem sua versão oposta, Nova, com vocal diferente, vocalista e melodia.


PJ Harvey e Josh Homme lançando o single Crawl Home

Ao fim dos dez volumes, ouve-se muitas obras de artes, boas tentativas, músicas gravadas por diversão mas acima de tudo a música gravada pela música.

Discos Recomendados:
Desert Sessions (Volume 1 e 2)
Desert Sessions (Volume 9 e 10)

Desert Sessions 9 & 10 Making Of

[via FoxyTunes / The Desert Sessions]