sexta-feira, 14 de março de 2008

Paul Weller: punk, jazz, brit-rock... três décadas de sucesso

Paul Weller, no mercado fonográfico desde os anos 70, sempre inovando, sempre melhorando

Paul Weller

Paul Weller Hammersmith Apollo London 9th March 2005

[via FoxyTunes / Paul Weller]


Em 1977, um jovem de 17 anos criou uma banda com seu pai como empresário. Muito ligado ao movimento punk, o the Jam, que nunca aderiu a rótulos, disputou mercado com bandas como o Sex Pistols e o Joy Division. Com seu primeiro disco In the City e o fenômeno vendas All Mod Cons a banda aumentou seu alcance musical e criou seguidores por toda a europa. O the Jam chegou nas festas, quando passou de power trio, para uma banda acompanhada por sopros e um punk-jazz sempre surpreendente.



Meados década de 80, apaixonado pelo jazz, Paul Weller, começou o Style Counsel (com a intenção de perseguir o som mais estiloso possível). Para fazer do Style Counsel uma banda e não um projeto, e com o argumento de que precisava de um espaço para crescer e mudar, espaço que um banda punk não lhe dava. Então veio o fim do the Jam, no pico de seu sucesso, muitas dúvidas e choro (principalmente do baterista). Com uma banda virada para o soul, com base em sopros, teclados, bateria e baixo agora Paul Weller começava a ser reconhecido como genial no mundo do soul e grande letrista romântico e político. O vocal de Weller se escondia atrás de backing vocals. Seus grandes hits vieram do álbum Café Bleu e a música Long Hot Summer pode ser ouvida em rádios nacionais de soft rock até hoje. Nesta época, Weller disputava mercado com bandas como Depeche Mode, e, ironicamente, o New Order (nova banda dos membros do Joy Division após o suicícdio de Ian Curtis).



No início da década de 90, após o fim do Style Council, Paul Weller resolveu usar tudo que aprendeu em suas duas décadas musicais para começar uma carreira solo. Em seu primeiro disco, Paul Weller, nada mais apropriado começar com seu nome, resumiu sua carreira em pouco menos de uma hora. Desde o que viria até onde se posicionaria. Faria um rock/ soul jamais ouvido, porém com influências, e influenciaria o movimento brit pop com desde som, a cortes de cabelo e roupa. Seu vocal, agora mais rouco, também era novidade para a época, onde bandas como o Blur, buscavam a perfeição vocal.



Seus primeiros discos obtiveram muito sucesso, criticamente aclamado, e no momento em que lançou sua maior obra de arte, Wild Wood, duas palavras e uma banda o tiraram de campo: Definetly Maybe da banda Oasis (como fez com o Verve, o Stone Roses e, por mais que até hoje os membros não admitam, o Blur). No entanto, não houve antagonismo entre as bandas. Paul Weller gravou o famoso solo de guitarra de Champaigne Supernova e Noel Gallagher, guitarrista do Oasis, gravou algumas vezes e participou de diversos shows do artista. Aliás o guitarrista do Oasis considera Weller uma de suas grandes influências e um grande amigo (acreditem ou não).



Hoje Paul Weller está no topo de novo. Com o cd 22 Dreams para ser lançado, As is Now, seu último cd de inéditas, recebeu ótimas repercussões dos fãs e da crítica. Fazendo turnês sempre com músicas de suas três fases e seu eclético cd de covers (que vai de Wishing on a Star a All Along the Watchtower) e lotando arenas. Músicas como Town Called Malice (The Jam) e Shout to the Top (Style Counsel) já se tornaram hinos britânicos, assim como Changing Man (solo) e sua versão de Wishing on a Star.

Vídeos das três fases (escolha a sua)

Paul Weller plays 'Wild Wood' (Um dos maiores sucessos de sua carreira solo)

[via FoxyTunes / Paul Weller]



the jam - that's entertainment

[via FoxyTunes / The Jam]


Mais pra frente farei as mini-críticas, mas assistam os vídeos e procurem, pois não conheço uma pessoa que o tenha ouvido e não gostado de pelo uma de suas fases.

Paul Weller & The Style Council - Shout To The Top (live)

[via FoxyTunes / Paul Weller]

Um comentário:

Unknown disse...

Gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho que vc está fazendo no blog...muito bom os textos!!